Servant Leader, o que é?

Algumas expressões soam melhor em inglês, desculpa 😅 Basicamente, Servant Leader é um estilo de liderança que coloca o bem-estar dos outros em primeiro lugar, o bem comum da equipa à sua frente.

Pode ser um estilo que surja naturalmente mas, na maioria dos caso,s é algo que é trabalhado e evoluído, como em tudo na vida. Acaba por ser uma forma de servir os outros e garantir que todos têm as ferramentas e ambiente necessários para se ultrapassarem a si mesmos.

5 Pilares deste Estilo

Forte sentido de Direção

É para ali que vamos e juntos vamos lá chegar!

Mas não se fica por dizer quais são os objetivos, o servant leader ajuda cada elemento e a equipa como um todo, a chegar lá. Como? Ouvindo, dando oportunidades de formação e com feedback frequente. Feedback esse que é sempre bilateral. Não só partilha como o outro está mas também pede insights sobre como pode ajudar nessa evolução e como poderia fazer mais.

Visão do Futuro

Qual o nosso propósito; o que é sucesso na empresa; quais os valores pelos quais nos regemos.

Partilhando estes 3 pontos, os servant leaders permitem que a sua equipa visualize o que é, na prática, alcançar o sucesso vivendo pelos valores e propósito para chegar lá. Mantendo a visão alinhada entre todos e garantindo que avançam em uníssono. Inspirar as equipas a alcançar o seu máximo potencial e gerir as expetativas de todos ao longo do percurso, são características destes líderes.

Romper com a Hierarquia Tradicional

Todos fazemos parte da tomada de decisão e consequente responsabilização.

Independentemente da liderança que esteja no topo (CEO) e dos objetivos que essa pessoa ou conjunto de pessoas tenham para a empresa, o foco deverá estar nas pessoas e nos clientes. Sem disponibilizar algo (serviço/produto) que os clientes queiram/precisam e sem garantir que os elementos da empresa trabalham no sentido de satisfazer essa necessidade, não existe forma de serem bem sucedidos. Além disso, qualquer pessoa pode ter uma postura de liderança construtiva que inspire os outros e que permita identificar futuros líderes sem que haja um sentimento de receio que a posição seja “roubada”. Evitar que as ordens só cheguem de cima é permitir que todos possam participar na tomada de decisão e que os seus conhecimento e experiência sejam efetivamente valorizados na empresa, partilhando também a responsabilidade entre todos.

Elogiar

Alguém fez algo bom? Pára e elogia!

O Servant Leader foca na valorização dos elementos da sua equipa e da empresa. Um chefe foca no seu Ego e em querer que todos os sucessos lhe sejam atribuídos. Se alguma coisa correr mal, os chefes aparecem para criticar e lançar ordens, desaparecendo depois da equação. Na liderança essa realidade é substituída pela valorização e quando as coisas correm mal, o líder sabe de antemão pois acompanhou todo o processo até ali. Além de que, quando as coisas correm bem, é quando o líder mais aparece para elogiar. Através dos elogios, conseguem colocar num spot light as posturas que são valorizadas e que serão, mais facilmente, repetidas. Como é que os elogios são mais eficientes? Quando são usados casos em concreto. Ou seja, mal vês alguém na equipa a fazer algo correto, não deixes passar um mês para dizer isso. Elogia no momento e faz questão de realçar o quão grato estás por aquela atitude que beneficia toda a equipa. Encoraja a que essa atitude seja mantida e realça que confias nela para continuar a fazer o correto e que tem o teu total apoio. Ou seja: Elogiar no momento + gratidão + confiança + apoio = sucesso 😊

Vou lançar um artigo focado nesta temática que irei linkar aqui.

Orientar é melhor que criticar

Erra rápido e bem.

É normal cometermos erros. Todos nós cometemos. Não há ninguém que seja perfeito e faça sempre tudo certinho e direitinho. Isso é uma utopia e quanto mais cedo o erro for aceite como normal e fazendo parte do processo, mais cedo é possível encontrar alternativas. Digo sempre às minhas equipas que só não erra quem não faz nada. Que é normal errar e que não tenham medo de errar. Questionem-se sempre sobre “o que é o pior que pode acontecer?”. Por muito que haja apoio do líder, é importante que seja dada autonomia aos elementos da equipa para experimentarem por si e aprenderem ao longo do caminho. Um erro nunca é algo deitado ao lixo mas sim uma oportunidade de aprendizagem e crescimento. É uma forma de saber que o caminho afinal não é por ali, e que é igualmente importante como descobrir o(s) caminho(s) certo(s). Se for necessário dar um feedback mais assertivo, faz questão de conversar com essa pessoa em privado. E ajusta o teu discurso à experiência dessa pessoa. É normal que mais erros sejam cometidos numa fase inicial. Por isso, deixa claro que não tens expetativas irrealistas sobre essa pessoa para que ela própria não viva com um peso adicional nos ombros. Um ponto fundamental é criticar o comportamento/atitude, nunca a pessoa. Orientar passa por rever a situação e ajudar a encontrar a solução ou caminho alternativo; nunca por deitar a pessoa a baixo. E juntos perceberem quais foram os ensinamento e como fazer da próxima vez. É igualmente, importante deixar sempre um voto de confiança e terminar a conversa de forma positiva.


Existem vários tipos de liderança e basta uma pesquisa rápido no nosso amigo Google para perceber que a lista é infindável. Fundamentalmente, é importante seguires a tua intuição e se colocares o bem dos elementos da tua equipa à frente, é garantido que os resultados acabarão por surgir e relações verdadeiras de confiança, respeito e entreajuda serão cultivadas.

Ajuda questionares-te com frequência do seguinte “estou a ajudar a minha equipa a ir mais longe?” se a resposta for sim, continua. Se for não... convém repensar a estratégia e reajustar. Pessoalmente, é o meu estilo de liderança favorito e tento aplicá-lo todos os dias.

E a verdade é que estamos sempre a aprender, testar, reajustar, aprender, testar, reajustar.... por isso, não deixes nunca de aprender e evoluir. Nem penses que algo que funciona com a pessoa A vai funcionar com a pessoa B pois somos todos diferentes e nós, enquanto líderes, também devemos saber/conseguir reajustarmo-nos ao nosso interlocutor.

Boas lideranças,

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